quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Guardador de Rebanhos



Eu não tenho filosofia, tenho sentidos...
Se falo na Natureza, não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...

Alberto Caeiro

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

sábado, 4 de julho de 2009

sábado, 27 de junho de 2009

Símbolos e Segredos


She means something to me.
With her I am indeed a Full-time Dreamer.

terça-feira, 23 de junho de 2009

The Snows of Kilimanjaro / Leaves in Fuji


Fields of dreams, of broken sorrows

tender leaves floating on the autumm's gaze

Mists of ancestry, carried by nostalgia winds

where the earth hauls its own weight

ripping the softness of the panorama

as it wrinkles of eons long gone

cripling over a back both beaten and broken.

Teorema das Cores

Era uma vez um pintor que tinha um aquário com um peixe vermelho. Vivia o peixe tranquilamente acompanhado pela sua cor vermelha até que principiou a tornar-se negro a partir de dentro, um nó preto atrás da cor encarnada. O nó desenvolvia-se alastrando e tomando conta de todo o peixe. Por fora de aquário o pintor assistia surpreendido ao aparecimento do novo peixe.

O problema do artista era que, obrigado a interromper o quadro onde estava a chegar o vermelho do peixe, não sabia que fazer da cor preta que ele agora lhe ensinava. Os elementos do problema constituíam-se na observação dos factos e punham-se por esta ordem: peixe, vermelho, pintor - sendo o vermelho o nexo entre o peixe e o quadro através do pintor. O preto formava a insídia do real e abria um abismo na primitiva fidelidade do pintor.

Ao meditar sobre as razões da mudança exactamente quando assentava na sua fidelidade, o pintor supôs que o peixe, efectuando um número de mágica, mostrava que existia apenas uma lei abrangendo tanto o mundo das coisas como o da imaginação. Era a lei da metamorfose.

Compreendida esta espécie de fidelidade, o artista pintou um peixe amarelo.

in "Os Passos em Volta" - Herberto Hélder